quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

Ato Contra o Golpe, na próxima semana



Do Blog Viomundo

CUT, FUP e MST farão ato no Rio contra o golpe na próxima semana

publicado em 03 de dezembro de 2015 às 16:50
impeachment
Manifestação contra o impeachment de Dilma, no Largo da Batata, no dia 20/08/2015, em São Paulo. Foto: Paulo Pinto/ Agência PT
CUT, FUP e MST lideram articulação pró-Dilma com movimentos sociais
Petroleiros e centrais se reúnem, agendam manifestação no Rio para próxima semana e convocam todos a participarem do combate ao “golpe”
Agência PT, em 3 de dezembro de 2015 às 15:53:16
Petroleiros da Federação Única (FUP), sindicalistas da Central Única dos Trabalhadores (CUT) e ativistas do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST) lideram as articulações com movimentos sociais de todo País em defesa do mandato democrático da presidenta Dilma Rousseff.
“Somos contra o pedido de impeachment aceito pelo presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), na tarde de quarta-feira (2)”, declarou, quase como um slogan da campanha pró-Dilma, o diretor de Comunicação da FUP, Francisco José de Oliveira, o Chico Zé.
“Não estamos parados, não! Vamos partir para cima. Vamos chamar todo mundo a participar: movimentos sociais, estudantes… Quem quiser aderir, tá dentro”, sintetizou Chico Zé, relatando sua presença, naquele momento, em mais uma das inúmeras reuniões que realiza contra a aceitação do pedido de impeachment.
Para essa sexta-feira (4), outra reunião de articulação está agendada pela FUP na sede da CUT no Rio de Janeiro, às 11h, para fechar um pacote de atividades nos próximos dias com centrais e sindicalistas.
A primeira já foi definida para a terça-feira, dia 8 de dezembro. A Federação já conseguiu
disponibilizar uma frota de 60 ônibus para mobilidade dos manifestantes. “A estratégia é convocar a participação de manifestantes da Bahia, Minas Gerais e estados em volta”, revelou.
Os sem-terra e os estudantes também se manifestaram com apoio a Dilma e às manifestações em seu favor. O líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), João Pedro Stédile, se comprometeu, conforme registro do site noticioso “Brasil 247”, a mobilizar movimentos populares para ir às ruas em defesa do mandato da presidenta.
“Certamente, os movimentos populares irão fazer suas avaliações e, nos próximos dias, nos articularemos para programarmos mobilizações e impedirmos, nas ruas, qualquer tentativa de ferir nossa nascente democracia. O povo brasileiro elegeu a presidenta e mais 27 de governadores. E todos têm direito de concluir seus mandatos constitucionais”, declarou Stédile.
Para ele, Cunha “não tem moral” para encaminhar o pedido de impeachment, como mostram as investigações da Operação Lava Jato sobre sua participação no recebimento de propinas e as contas secretas na Suíça.
“Se ele tivesse um pingo de dignidade já teria renunciado para se defender no STF, onde é acusado, com fartas provas, de corrupção”, ensinou Stédile.
Sem base legal - Carina Vitral, presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE), pronunciou-se nas redes sociais sobre o processo aceito por Cunha. Para ela, a aceitação é “imoral e fruto de chantagem política”.
“Eduardo Cunha, ao ser indiciado (na Lava Jato), não tem legitimidade para aceitar um processo de impeachment. Existe um vício de origem”, avaliou Carina.
“Impeachment sem base legal é golpe, isso se parece mais com 1964 do que 1992” (numa referência à cassação de Fernando Collor), insistiu a representante dos estudantes brasileiros.
Alinhamento - Dois episódios definiram, segundo Chico Zé, a reação em favor da presidenta: a própria manifestação de Dilma, “clara, imediata, direta e objetiva” contra a decisão de Cunha; e a definição da bancada do PT, no Conselho de Ética, pela aprovação da abertura do processo de cassação do deputado.
“O PT vinha encolhido; agora, saiu na frente”, afirmou, descrevendo o alinhamento da bancada no Conselho. A FUP acredita, no entanto, que não há voto suficiente – são necessários dois terços ou 352 deputados – para aprovar a abertura do processo; também prometeu emitir uma nota sobre o episódio na tarde desta quinta-feira (3).
Para Chico Zé, Cunha representa retrocesso e golpe, principalmente depois da divulgação de que o deputado “está envolvido em diversos escândalos” de corrupção e em manobras de auto-preservação. “A própria direita pode ver agora que a iniciativa dele, pela aceitação do pedido, é revanche e chantagem”, justificou.
Por Márcio de Morais, da Agência PT de Notícias
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Federação dos Petroleiros repudia pedido de impeachment: “Tentativa escancarada de golpe”
Informe FUP
03.12.2015
Nota da FUP:  Impeachment sem base legal é golpe
A Federação Única dos Petroleiros repudia veementemente a atitude irresponsável do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, de autorizar a abertura do processo de impeachment contra a presidente da República, Dilma Rousseff, sem qualquer base legal. É temerário que um parlamentar investigado por crimes de corrupção, detentor de contas na Suíça irrigadas por propinas, coloque em risco as instituições brasileiras e a própria democracia.
Ao contrário de Eduardo Cunha, não há qualquer ato ilícito que ponha sob suspeita a presidente da República. A atitude insana do presidente da Câmara é de caráter estritamente pessoal, uma chantagem em retaliação ao posicionamento do Partido dos Trabalhadores, que votou pela continuidade de seu processo de cassação no Conselho de Ética da Câmara.
O povo brasileiro está, portanto, diante de uma tentativa escancarada de golpe e não iremos tolerar qualquer ataque contra o Estado Democrático de Direito. Eduardo Cunha e os que pregam o impeachment estão empurrando o país para um abismo, na contramão dos interesses nacionais. Não é com uma agenda conservadora, movida a ódio de classe e preconceitos, que venceremos a crise política e econômica que paralisa a nação há mais de um ano.
Os petroleiros mais uma vez se levantarão para defender a democracia e as conquistas da classe trabalhadora. Continuaremos brigando para que o Brasil vença a crise com propostas que coloquem o país novamente no rumo do desenvolvimento e que rompam com o atual modelo econômico recessivo. A retomada dos investimentos da Petrobrás é fundamental para isso e a greve dos petroleiros apontou que o único caminho para impedir o retrocesso é a luta.

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